domingo, 17 de julho de 2011

Penta campeões, e daí?


Enquanto o mundo explode em vulcões, terremotos, tsunamis e violência, mascaramos nosso medo construindo uma ponte alimentada pela ilusão, nos levando até os pés de alguns poucos homens, endeusados pelo futebol que jogaram e pelo dinheiro que conseguiram. Não sei se os vejo como vencedores ou oportunistas, o fato é que graciosamente eles alimentam sua fama e mantém seu status enquanto centenas de milhares de brasileiros assiste, torce e sofre.
É um tanto constrangedor observar uma nação de cara pintada mordendo um pano verde - amarelo, derramando lágrimas de agonia frente a uma suposta frieza, indiferença ou talvez incapacidade.
Grande parte não se lembra para quem votou na última eleição, porém, “conhece” cada atleta brasileiro, seu time, idade, peso, estado civil, RG, gols marcados, gols defendidos, etc.
Não nos importamos como andam as denúncias e investigações referentes a subornos oferecidos e subornos aceitos, mas nos preocupamos se a Argentina ganhou ou perdeu aquele jogo, naquele dia.
Não pintamos a cara para um protesto civilizado, no entanto desenhamos uma bandeira e pintamos o nariz para observar 11 atletas caminhando em campo.
Domingo, dia 17 de julho de 2011, não pude deixar de observar dois jogos simultâneos transmitidos na TV aberta, em um canal a final mundial de futebol feminino: Japão e EUA, e em outro canal que obviamente todos sabemos qual é: Brasil e Paraguai. Era nítida a diferença nos dois jogos. O jogo feminino estava muito mais “pegado”, corrido, suado, emocionante. O jogo masculino estava como sempre a mercê de “um campo cheio de areia”, ou seja, determinado pelas “inúmeras” dificuldades enfrentadas por nossos “heróis”. As meninas japonesas venceram heroicamente as fortes americanas, os paraguaios não venceram os brasileiros, os brasileiros perderam para si mesmos. Não converteram sequer um único pênalti nas cobranças finais.
Milhões que não ganham mensalmente um salário mínimo, acreditam no suor dourado de alguns homens em um campo verde. É um contraste gigantesco, parecemos crianças nos contentando com bicicletas de plástico, fingindo serem ferraris, basta que nossa TV (que não é de plasma), mostre uma rede balançando em nosso favor.
Contos da carochinha no século 21 para marmanjos: é o futebol entrando em cena. Ele é a droga mais cara para se fazer e mais barata de se conseguir, basta apertar um botão ou gastar seu mísero salário, mais bolsas, indo ao estádio gritar e correr o risco de levar uma bandeirada.
Chega a ser cômico este amor platônico de um povo por um esporte tão barato de se exercer, basta uma bola e um chão batido. Entretanto, as mutações foram tantas que esta prática primitiva transformou-se em um banco suíço, com agentes treinados, olheiros James Bond e atletas “sensíveis”, protegidos em uma redoma de vidro, aonde o discurso é sempre o mesmo, aonde as desculpas sempre são “bem vindas”, entendidas, e aceitas.
Outro dia enquanto cuidava de minhas coisas, ouvia um atleta da seleção brasileira dizer em uma coletiva que os torcedores brasileiros foram mal acostumados, o que me leva a entender que de acordo com esta afirmação, é errado de-sejar que se vença, é precipitado exigir um título. Com toda a sinceridade de alguém que já gostou de futebol, isso me enojou. E o que dizer depois do jogo deste último domingo, quando após a derrota vergonhosa um outro atleta brasileiro disse que fizeram um bom jogo, porém que não deu pra vencer.
O que somos para ouvir isso? Somos torcedores cegados por um amor sem nexo, desmedidamente fanático, esperançoso por hexas e tudo mais?
Esses atletas ganham milhões anualmente a custa de um povo que sobrevive na miséria, em meio ao lixo, em meio a balas perdidas, em meio a oratória fenomenal de políticos mentirosos, ladrões de colarinhos brancos, bandidos eleitos por nós, pobres em todos os sentidos possíveis da palavra.
Até quando continuaremos tendo orgulho de gritar que somos torcedores roxos, azuis, de todas as cores?
Hoje, eu prefiro ver a Marta jogar futebol, o Falcão no futsal, prefiro as seleções de voleibol. Porque o esporte faz bem: quando o dinheiro não faz pesar as pernas e os braços. Não é errado ganhar dinheiro, errado é fazer de algo apenas um banco, uma máfia, aonde o poder está acima de tudo.
Há muita mentira e interesse.
Para mim, este feitiço não faz mais efeito, já comi a maçã e já fui despertada pelo príncipe, agora o que está faltando, é o reino todo despertar do sono. Mas a pergunta que eu faço é: Você quer?
Andreia

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Poesia retirada do livro "A Cabana" de William P. Young


"Respire em mim... fundo,
Para que eu respire... e viva.
E me abrace apertado para eu dormir
Suavemente segura por tudo que você dá.

Venha me beijar, vento, e tire meu folêgo
Até que você e eu sejamos um só,
E dançaremos entre os túmulos
Até que toda a morte se vá.

E ninguém saiba que existimos
Nos braços um do outro,
A não ser Aquele que soprou o hálito
Que me esconde livre do mal.

Venha me beijar, vento, e tire meu folêgo
Até que você e eu sejamos um só,
E dançaremos entre os túmulos
Até que toda a morte se vá.

Página 216
Edição 2008
Editora Sextante

terça-feira, 13 de julho de 2010

Democracia na Educação


Tem mais de 20 anos que escuto falar nesse bicho, às vezes comparo isso à lenda da enorme cobra que alguns juram de pés juntos, existe, sim, no riozinho que passa perto da casa aonde cresci. Dizem que é uma grande sucuri, trazida por uma família do Mato Grosso do Sul a uns 30 anos atrás.
Assim é o bicho da democracia, falam, discutem, dizem que ela existe, mas aonde está? A sociedade para mim é totalmente desconexa e apartada, alguns podem tudo, outros, podem nada. Alguns trabalham, outros fingem que trabalham, outros mendigam, outros recebem bolsas, e outros viajam. Ah, é bom lembrar que os que viajam são os nossos representantes, eleitos de forma democrática... democrática?! Bem, são os nossos representantes para que através deles tenhamos nossa democracia garantida!
Assim é a vida, ou melhor, a sobrevida, aonde alguns trabalham para pagar as bolsas e as viagens.
Também tem outra leva, a dos sonhadores, utópicos, pensadores. Eles defendem a democracia. Democracia na sala de aula, nos tribunais, nos presídios, nas favelas, nos subúrbios... não é irônico?! Uma pergunta: há quanto tempo esses teóricos não freqüentam uma sala de aula do ensino fundamental das escolas públicas? Ou melhor, eles já freqüentaram? Não sei, às vezes tenho a impressão de que as regras que devo SEGUIR, e de que as leis e conceitos que tenho de DECORAR, são elaboradas por pessoas com uma realidade bem diferente da minha, deve ser apenas impressão... Mas e aonde fica o princípio de que a política deve ser feita de acordo com a realidade de todos? Juntando todas as realidades, e nivelando para que fique bom não para a maioria, mas para todos!
Isso é realmente possível? Exigem gestão democrática, e por quem nossos gestores são geridos? Eles tem liberdade para atuarem, questionarem, dizerem sim e não? Ora, como exigir algo de uma escola, se ela tem normas pra seguir, tabelas pra preencher, prazos pra olhar, índices pra alcançar. Sim, eu escrevi índices. Um sistema aonde o aluno não passa de um número, e o que mais importa nele é a porcentagem que ele garantirá. Democracia? Colocar a comunidade para atuar junto das escolas? Espera aí... quem a está preparando para isso? Ah, já sei... a escola deve preparar, mas e quem está preparando a escola? Ah, já sei, a escola deve se auto - preparar. Porque tudo eu?! Porque tudo nós?! Isso me faz lembrar da gestão compartilhada. Isso me faz lembrar do Estado se eximindo de algo que cabe a ele. Porque eles deveriam se importar, se com um decreto, eles mandam, e a escola cumpre. Com que qualidade? Isso é algo que realmente não importa, uma vez que os índices sejam alcançados. De que forma? Bem, isso também é outra história. Além do que, os fins justificam os meios. Se eu concordo? Ah, isso também não importa!
É tão simples da forma que se expõe o fato: participação de todos! Não é lindo?! Mas que todos?! Aqueles professores que tiram atestados “de rotina”? Aqueles funcionários que mentem pra ir arrumar as unhas? Aqueles diretores que não se conformam em receber um “não concordo”, aqueles pais que fazem questão de dizer “ não sei mais o que fazer com meu filho”, que em época de férias ligam pra escola desesperados, pedindo porque as aulas estão demorando tanto pra começar? Ah! Quem nos está preparando para isso!?
É fácil dizer que a responsabilidade para algumas coisas é do Estado como eu disse acima, mas... em uma sociedade democrática o Estado não seriamos nós? Bem, não sei o que pensar, e que linha seguir. E porque eu sempre tenho de seguir uma linha? Do jeito que está, acredito que se abríssemos para que todos governassem e todos cumprissem, teríamos uma grande confusão, e, acredite, maior do que está hoje. Falamos, falamos, mas estamos preparados para uma gestão democrática? Estamos preparados pra tirar a bunda da cadeira e dizer o que nos agrada e aonde discorda-mos? Temos fundamentos, suporte, conhecimento e confiança pra fazer isso?
Antes de se falar tanto em gestão participativa democrática, deveríamos trabalhar nossas mentes, nossos valores e conceitos. Rever muitas coisas, e nos fazer perguntas do tipo: Eu quero uma gestão democrática? Porque se assim for, eu serei gestor também. Eu estou apto a buscar andar informado, trocar a novela das oito por artigos políticos e documentários sobre economia? Se estiver com sua testa franzida, caro leitor, a resposta é NÃO!
Li outro dia dois anúncios sobre uma cidade aqui do Paraná, em que se dizia que elas estavam livres do analfabetismo. E lá se encontravam: autoridades, imprensa, banners... ah! Quanta politicagem. Quem questionou a qualidade nisso tudo? Quem se perguntou aonde colocaram aquelas pessoas que não conseguem interpretar um texto, que não conseguem escrever um texto, que não sabem sequer o que seria um texto... Ah, sim... elas não são analfabetas...
Talvez você esteja imaginando a minha cara de exagero ao escrever tudo isso, mas te garanto que exagero maior é escrever sobre uma gestão democrática partindo do pressuposto de que todos querem isso, e de que todos estão preparados para isso, ou de que todos se empenharão para ficarem preparados.
Como dizia alguém, que não quero saber quem é: Eu estou no olho do furacão! Não escrevo essas linhas em um gabinete a prova de balas, ao som de Beethoven, com uma biblioteca linda, livre de traças e bugigangas. Eu escrevo estas linhas, no olho do furacão, eu escrevo estas linhas dentro de uma escola. Um lugar aonde você não sabe se vem preparado pra guerra ou pra mais uma simples batalha, aonde se recebe a diversidade cultural, a multiplicidade de valores, conceitos, costumes, e não sei mais o que. Fomos treinados pra isso?
A educação é uma ciência discutida muito teoricamente. Discursos bonitos, idéias, autores, linhas de pensamento que vão da tradicional até a histórico – crítica. Mas e aí? Cadê a prática?
Está certo, as tarefas precisam ser divididas, enquanto alguns pensam e escrevem, outros vão assistir a erupção, só que do lado de dentro...
Pra mim o ensino é quase uma instituição falida. Não em termos financeiros, não em investimento de material, isso, eu reconheço, que pelo menos aonde eu vivencio, está bom, ou deveria dizer que já foi muuitooo pior? Eu me refiro à qualidade de ensino, eu me refiro ao papel que realmente cabe a escola. Enquanto se ignorar esta verdade, de nada adianta gastar saliva falando sobre democracia.
Precisamos de estrutura, alguns colégios recebem material e estão caindo! Aonde guardar tanto livro? (E bons livros!), aonde guardar tanto material de apoio?
Precisamos de uma democracia que venha lá de cima, do patamar mais elevado da pirâmide. É injusto e metafórico acreditar em uma democracia que saia somente da escola.
Claro, eu sei... devemos fazer nossa parte. O problema é que nossa parte constitui-se de muitas partes, e isso está pesando demais. A escola, por ser responsável por muitas vias, acaba não fazendo nada direito. Desorganização? Talvez. Pressão? Talvez. Omissão? Talvez. Porque não estudamos sobre isso, então? Ah, e novamente, não sairemos dos discursos.
Depois de escrever isso tudo, que não é nada, concluo que estou um tanto quanto cansada.
Em um país aonde marginais não podem ser punidos, mas tem direito a voto.
Em um país aonde bolsas garantem este voto.
Em um país aonde a lei favorece a quem for mais esperto.
Em um país aonde o líder maior vem na mídia e diz não saber de nada sobre mensalões, e afins.
Em um país aonde a população não lembra o nome do vice – presidente.
Em um país aonde na hora de aprovar ou não um aluno o que mais pesa é os índices que temos de alcançar...
Vem alguém me falar de democracia?!
Democracia? Que bicho é esse?!
Andreia Detogni

"Se começássemos a dizer claramente que a democracia é uma piada, um engano, uma fachada, uma falácia e uma mentira, talvez pudéssemos nos entender melhor." (José Saramago)


"A democracia é uma forma de governo que prevê a livre discussão, mas que só é atingida se as pessoas pararem de falar." (Clement Atlee)

"A democracia surgiu quando, devido ao fato de que todos são iguais em certo sentido, acreditou-se que todos fossem absolutamente iguais entre si." (Aristóteles)

"A democracia fundada sobre a igualdade absoluta é a mais absoluta tirania." (Cesare Cantú)

Dicionário de Gaúcho


A laço de espora – Com dificuldade, com esforço;
Arrastar a asa – Paquerar;
Bah – Interjeição de surpresa, admiração – Abreviação de Barbaridade !
Bater as Botas – Morrer;
Bóia - Comida;
Bolicho – Bodega;
Buenacha – Boa;
Cacetinho – Pão Francês;
Cambicho – Apego, Paixão;
Chambão – Otário;
Charla – Conversa;
Chasque – Mensagem, recado;
Chinoca – Mulher;
Cretino – Editor do Perguntas Cretinas;
Cupincha – Companheiro;
Cusco – Cachorro;
De vereda – De uma vez, imediatamente;
Embretado – Em apuros, em dificuldades;
Gato – Bebedeira, porre, embriaguez;
Guapo – Forte, valente, vigoroso;
Guri – Criança, menino;
Guria – Criança, menina;
Grenal – Confronto entre os times do Grêmio e Internacional;
Lasqueado – Trouxa;
Pelea – Peleja, briga, combte;
Piá – Menino, guri;
Poncho – Capa de lã com burco para colocar a cabeça;
Que tal ? – Tudo bem ?
Sair fedendo – Fugir em disparada;
Surungo – Arrasta-pé;
Taita – Indivíduo valentão, destemido, Guapo;
Talho – Ferimento;
Tchê – “Meu”, equivalente do Paulistano;
Tramposo – intrometido, trapaceiro, velhaco;
Trovar – Conversar, prosear;
Uma-de-pé – Briga, luta;
Usted – Você;
Vareio – Susto, sova, surra;
Xepa – Comida;
Xerenga – Faca Velha;
Zunir – Ir-se apressadamente.

Edição: Andreia Detogni
(Desconheço a autoria)

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Mapa do Brasil





















(Desconheço a autoria)

Dialetos do Interior Paranaense


Se você falar com naturalidade pelo menos 3 das frases seguintes, ou você é daqui ou já passou por aqui!


1)'Loko de bão'

2)'Que páia'

3)'Puta la merda'

4) Se alguém te conta alguma coisa que você desconfia, logo solta um: 'Capaz?!'

5) No Paraná, não se corta caminho, se 'atora'!

6) 'Tudo esgualepado;fiz uma gambiarra aqui;um xunxo; lá vai bordoada'.

7) Paranaense nato que se preza, já disse: 'Teu zóio, burro!!'

8) Ou já pronunciou 'capaiz home' ou a variação: 'capaiz loco véio'

9)'Ah, mãezinha do fiinho!' - nem precisa explicar né?

10) 'Gente do céu!!-'Tira o zóio'

11) Ou o: 'ORNAR'?!Quantas vezes ouviu do pedreiro: 'Isso aqui não tá ORNANDO muito não, dona!'

12) Palavrões clássicos: 'lazarento, fiá da mãe, fiá da pulícia, caipóra,animár véio, animár de teta' (esta é demais!), 'jacú, rabudo', e por aí vai!

13)'Tô que é a capa da gaita ; 'ando meio esgualepado'... Crêênndiospai...!!!'

14) 'Má que diabo esse tróço'

15) 'Que que tá se abrindo?' (quando alguém dá risada a toa)

16) 'É pacabá mesmo'

17) 'Ô tongo!!'

18) 'Dar com a mão' se referindo a fazer sinal para o ônibus.

19) 'Deusolivre'

20) 'Virado no guede' (até hoje não entendi isso).

21) Paranaense nunca fica na posição de cócoras, fica de cróque, ou acrocado!

21) Falar 'puiz óia, eu...' (quando quer falar alguma coisa)

22) 'Já hoje... ' (que aconteceu há pouco tempo)

23) 'Piórrr que é memo' (ato de confirmar algo)

24) 'Fuja, loco'... 'Sartei de banda'... 'Fala, loco véio'...

25) 'Mais é loco de jaguara'

26) 'Aquele lazarento dos inferno'!

27) 'Fulano te qué' (significa que fulano está te chamando)

28) 'Pense num troço engraçado'...

29) 'Pare de atiçá, porque depois você carpe o trecho' (atiça = provocá /carpe o trecho = sair fora)

30) 'Um abraço pro gaiteiro' (coisa ou assunto sem solução/despedida);

31) 'Pra mais de metro': coisa ou assunto muito longo;

32) 'Mais firme que palanque em banhado' (coisa ou pessoa com poucaresistência, sem forças. Também se diz de quem bebeu além da conta);

33) 'Lá longe': para explicar que determinado local não fica perto.Ex.:a farmácia fica lá longe.

34) ' Que bom cecesse' ( Que bom se fosse...)

35) 'Aquela biscatinha'

36) 'Passe meio di fianco que cabe'

37) 'Mais é um disgranhento (desgraçado)

38) 'Essa menina fica se fresquiando pro namorado dos otros'

39) 'Quanto custa? Dois pila?'

40) 'Quedêle'? (ou seja: onde está?)

41) 'Voltimeia eu vô lá' (quer dizer que sempre vai...)

42) 'Tô cagando e andando...' (Estou nem aí)

43) Me vê um cachorro quente com duas vina ( Vina = Salsicha; deriva dotermo alemão 'vinewürst', embutido)

E aí ?????se achou?! :)

Edição: Andreia Detogni
(Desconheço a autoria)

Ticionário do Alemon


PANDA – (s.f.) - É um crupo te amicos, que se xunta bara fazer múcica. Norrmalmente, tem bor nome pandinha.
PAR – (s.m.) - O mesmo que Potega, policho, armacem que serve pepidas e tira-costo, como toresmo, quecho, mortatela, ofo cozito, etc.

PARACO – a(s.m.) - Habitaçon popre, humilte, sem áqua, sem luxa, sem borra nenhuma.

PARALHO – (s.m.) - Xoco de cartas. Muito abreciato nos pares e caças te família.

PIA – (s.f.) - No Brrasil tampém conhecita por lourra ou xelada. É um pepita veita a bartir do cevata, muito apreciata em pares e vestas.

PIÇAR – a(v.) - Caminhar no grrama, caminhar no calçada; Ex.: Non piça no minha crama, vacapunto! 2) (g.) - Piçar no domate, icual a facer cagata.

PIZICLETA – (s.f.) - Meio te transporte te tois rodas, com traçon humana. Tem bedais e coreia.

POI – (s.m.) - Touro castrato, sem saca. Sem saca, non trépa. Non trepando, engorda. Gorrdo, é matado tom mareta.

POLZA – (s.f.) - Pjeto que serfe bara caregar vários coisa. Tem vários dipos: polza te mulher, polza bara lixo, polza te subermercato e polza te açons financerras (que non sei que merrda é).

PUTIÁ – (s..f.) - Lá no minha caza só o minha mulher é que costa de putiá. Eu e os minhas filhos non costamos de putiá porque é uma frutinho muito aceta, xeca a tar arrebio.

REBUCHO – (s.m.) - Eveito ta maré, depos te bater no praia, os ontas foltam bara o mar.

TIARRÉIA – (s.f.) - Tistúrbia dos tripas. Muito comum para quem come panana com gachasa e toresmo com chimaron, ou bepe pia xelada com linqüiça quende. É tão ruim o tiarréia, que teixa o xente suato e amarrelo. O xente diz pros mais íntimos: tô mixando pela cu, rapaiz.

XAROBE - (s..m.) - Remétio xeralmente feito te erfas ou com mel e agrion. Muito inticato nos resvriados fortes, com muito tosse. 2) Intívituo chato, que costa te imbortunar, ou alco que não se coste. Ex.: A rátio ta Frida só toca músico xarobe!

XOTA – (s.m.) - Técima letra to alfapeto.

XUNTO – (adj.) - Acompanhato te alco ou alquém. Facer alcuma coisa com alquém. 2) - (v.) - Ato te xuntar alcuma coisa. Ex.: O Fritz xuntô a carta to paralho da chon.

ZIM – (ex.) - O que diz pessoa que concorrda, aceida, deixa. Pessoa que sempre diz zim é conhecida bor concortino.

Edição: Andreia Detogni
(Desconheço a autoria)

A Psicologia na Educação


Embora tenha sido reconhecida como ciência em 1879, é claro que a psicologia sempre existiu, afinal, o ser humano em todo o tempo se transforma. É ela um objeto de estudo que visa conhecer e compreender o ser humano na sua totalidade, ou seja, biologicamente, socialmente, emocionalmente e culturalmente.
Algumas teorias psicológicas dão suporte para várias outras, a começar por Sigmund Freud, com a psicanálise.

Conhecedores de que para se ter sucesso em nosso objetivo maior que é o ensino, necessitamos desfrutar do que a psicologia tem para nos oferecer, ela vem para somar e esclarecer, se estudada com seriedade e cuidado. É certo que para se alcançar o interesse do alunado, é necessário usar de várias ferramentas; e para saber o que lhes desperta o olhar, precisamos conhecer em que estágio de desenvolvimento eles estão. O grande erro que se observa, é a tendência que se tem de afirmar e vivenciar em sua prática um único ponto de vista, porque ser somente Piagetiano? Não se pode mesclar todas as teorias citadas até aqui? Porque não usamos todas para nosso proveito, na medida e tempo exatos? Enquanto os estudiosos se dividirem em grupos, pintarem bandeiras e defenderem uma única tese, a meta prioritária não será realizada na sua completude.
Dizer que Freud estava equivocado em sua teoria sobre a sexualidade humana é cometer um erro, assim como descartar todo o estudo de Piaget sobre a maturação humana, e ficar somente com a teoria histórico social de Vigotsky, sem levar em conta o caráter das emoções de Wallon, por exemplo, também é bitolar-se. Nós, como profissionais deste meio tão diverso e complexo, temos de estar aptos e abertos para receber informações, conceitos e diretrizes das mais diversificadas, para daí então adaptar as mesmas para o nosso meio, nossa realidade contemporânea.
Para tanto, faz-se necessário conhecer, não podemos contentar-se com fragmentos. È certo que na atualidade muitos educadores, estejam eles dentro ou fora das salas de aula, desconhecem a importância do fator psicológico na aprendizagem, muitos continuam a tratar os alunos, sejam eles de quaisquer idades como adultos em miniatura.
Quando as etapas de desenvolvimento não são conhecidas e respeitadas, ocorre uma ruptura no processo de ensino aprendizagem, cometemos graves erros quando desassociamos aprendizagem e desenvolvimento:
* Não levamos em conta em que estágio o aluno está, e preparamos uma aula de acordo com o que nos atrai.
* Deixamos de usar o lúdico.
* Não fazemos uso das diversas formas de linguagem, preferindo mesmo inconscien-temente a que nos agrada.
* Nosso olhar fica limitado.
* Não usamos de material concreto, ou exageramos no uso deste material.
* Podemos também, tomar um critério de desenvolvimento como algo imutável, dedu-zindo que todos devem atingir determinado patamar ao mesmo tempo, ou com a mesma idade, esquecendo que isso pode ser relativo e mudar de pessoa para pessoa.
Precisamos estar preparados para compreender a personalidade como um processo que se constitui e desenvolve por toda a vida, assim veremos positivamente a complexidade nas relações estabelecidas entre os sujeitos, e a carga de conhecimento e valores que cada um carrega consigo. Mesmo porque a escola é um amplo espaço de socialização que exerce grande influência, portanto, é essencial flexibilizar as regras e os papéis entre todos os agentes levando-os a reflexão sobre diversos assuntos. Isso acontece quando permitimos o expressar do outro, não ficando apenas com nossa visão de mundo, devemos usar da motivação e da diversidade, seja ela cultural ou mídiatica, não vendo a tecnologia apenas como inimiga ou perturbadora, mas trazê-la para o nosso lado usando- a com coerência e domínio.

É respeitando a diversidade que haverá a inclusão. É aceitando a diferença entre nós que compreenderemos e toleraremos a diferença que vem de fora; livres para discordar, porém, sem preconceitos. Somos, sim, diferentes, temos nossas particularidades, o que deve ser igual, é o objetivo de porque estamos aqui.
Tudo isso deve ser visto dentro de um contexto social, envolvendo toda a comunidade, que deverá somar positivamente com idéias e ações, elaborando um PPP democrático, ocasionando uma prática integrada e libertadora.
Andreia Detogni